domingo, 3 de abril de 2011

Exposição Cultural, na Biblioteca Municipal José Saramago de 12 a 31 de Março de 2011 - Poesia


POESIA

membros do júri:

♥♥♥ Ana Mercedes Pescada ♥♥♥ Marco Praça ♥♥♥ Renata Pinto ♥♥♥

concorrentes ♥♥♥ trabalhos

Ana Augusto (Seixal) - Recordações

Ana Bravo (Almada) - Inspiração; Provas

Custódia Nascimento (Almada): Porquê; Saudade Eterna; Sol

Fernando Amaro (Almada): Amizade; Vagueando

Geraldo Trombin (Americana/BRASIL): Arborescência; destarte; Dois em Um

Ivan Nascimento (Almada): Duas Almas; Tudo Tão Claro; Um Último Adeus

Maria Simões (Ansião): Dia dos Avós; Festa dos Avós; Passeio a Alter do Chão e Estremoz

Patrícia Ferreira (Seixal): Dúvida

Patrícia Rocha (Almada): A Tentação; Já Era!; Vamos Dançar

Raquel Gonçalves (Almada): Silêncios

Sofia Antunes (Almada): Eu Queria; MEMÓRIAS; TELEPATIA

Verónica Luna (Almada): As crianças são apenas crianças

Victor Nascimento (Almada): Esperança; Êxodo; Marinheiro

Os trabalhos patentes na exposição são aqueles que têm o nome sublinhado.

Na exposição estarão presentes apenas 18 trabalhos, e aqui, iremos apenas exibir os trabalhos premiados.

1º Classificado de Poesia

Fui semente!

Brotei.

Ganhei tronco

E membros.

Ramifiquei.


Em minha arborescência

Adquiri consistência.

Da minha árvore genealógica,

Cultivei a essência.

Plantado em solo fértil,

Vislumbro arvoredos

E passaredos.

Gero bons frutos,

Colho seus desfrutes.

Hoje sou homem-árvore

Provido de um norte:

Raiz forte fincada no passado;

Caule espesso elevado ao presente;

Galhos e mais galhos estendidos ao céu,

Como braços e abraços em copa,

Protegendo a vida,

O futuro em dossel.

ARBORESCÊNCIA de Geraldo Trombin – Americana | São Paulo | Brasil

2º Classificado de Poesia

Corria inocente e pura

Pela mão do velho,

Corria segura e feliz

Por onde ia,

Segurava-lhe a mão

Enrugada e queimada

Pelo sol e pelo tempo

Como quem se agarra à vida,

Enquanto caminhava

Contava os passos e ouvia

Palavras que se uniam

Contando uma história vivida.

MEMÓRIAS de Sofia Antunes – Almada

3º Classificado de Poesia


Já não te vejo mãe, junto a meu lado,

Tão cedo que partiste para o céu

Minha vida sem ti, escureceu,

Sem ti, passo chorando amargurado.

Na minha dor que há terminado,

Quantas vezes invoco o nome teu.

Embora a outra mãe que Deus me deu

Muito afecto me tenha consagrado.

Era criança ainda! Mal sabia

O que fosse perder amor de mãe

Na luta porfiada em cada dia


Não é, ó mãe, o teu amor miragem!...

Somente, agora tarde, entendo bem

Que em mim, é sempre viva, a tua imagem.


SAUDADE ETERNA de Custódia Nascimento – VN Caparica –- Almada